O futuro do trabalho: Preparando o RH para a era digital
O RH vai ficar obsoleto ou vai participar da mudança? Descubra como a tecnologia pode ajudar o RH a participar da era digital e como seus profissionais podem acompanhar o ritmo de inovação. O uso de tecnologia digital pela sociedade pode ser considerado algo relativamente novo. O primeiro computador com acesso a internet para uso doméstico iniciou suas vendas em meados dos anos 1980, antes disso, apenas grandes corporações tinham acesso ao dispositivo. Ao longo desses anos, a tecnologia evoluiu com uma velocidade impressionante. E, atualmente, temos acesso a vários recursos que estão a apenas dois cliques de distância. A transformação digital nas empresas seguia seu curso, mas ganhou impulso – à força – pelo isolamento social e a necessidade de prosseguir as operações de forma remota devido à pandemia causada pelo COVID-19 em 2020. Quem ainda resistia às ferramentas e processos digitais se viu forçado a adquiri-los, caso contrário, sofreria mais dolorosamente as consequências que este período trouxe para o mercado global na época. Com os Recursos Humanos sendo um organismo fundamental em qualquer empresa, o setor não poderia ficar de fora desta transformação. Pesquisas apontam que o gasto estimado com novas tecnologias pelo mercado em 2023 foi de US$ 656 bilhões. Também de acordo com o Fórum Econômico Mundial, o uso de Inteligência Artificial em setores gerais cresceu 270% nos últimos quatro anos. Isso significa que a digitalização não é apenas uma realidade atual, mas que também continuará evoluindo nos próximos anos. Os profissionais de Recursos Humanos que entenderem isso o quanto antes, estarão preparados para se manterem competitivos e para oferecer serviços mais alinhados às novas demandas do mercado. Mas afinal de contas o que é digitalização e em quais processos o RH pode implementá-la? Digitalização de processos nada mais é do que o uso de tecnologia, como softwares, ferramentas e inteligências artificiais, por exemplo, para otimizar tarefas do dia a dia. Geralmente essas tarefas consistem majoritariamente em processos repetitivos, como preenchimento de informações e cálculos. Pesquisas revelam que 25% das empresas brasileiras já utilizam algum tipo de solução digital em seus processos. Essas ferramentas estão cada vez mais popularizadas nas rotinas das empresas, pois economizam tempo em atividades manuais, além de reduzir as chances de erros humanos em seus resultados. A grande vantagem é o ganho de agenda para focar em planejamento estratégico e gestão de pessoas. Um estudo da Deloitte observou que 56% dos líderes de RH já estão redesenhando processos para incluir ferramentas digitais com objetivo de otimizar e aumentar a produtividade do setor. Documentos e assinaturas digitais Com o uso de ferramentas digitais é possível agilizar uma série de processos de Recursos Humanos. Preenchimento de dados, elaboração de contratos, avisos e convocações oficiais, assinatura de documentos e outras “papeladas” podem ser feitas de forma 100% digital. Porém, é importante garantir que a tecnologia escolhida ofereça segurança jurídica e conformidade com a legislação. Um exemplo de transformação digital no quesito documentação vem do próprio governo federal. Hoje os cidadãos podem acessar alguns documentos em formato digital como a carteira de trabalho (CLT), carteira de habilitação (CNH), registro civil (RG), entre outros. Facilitando também a rotina dos profissionais de Recursos Humanos neste sentido. Contratações e processos seletivos na era digital Um dos maiores desafios para quem trabalha nos Recursos Humanos é a contratação de novos colaboradores. O relatório feito pelo LinkedIn em 2024 sobre recrutamento e seleção identificou que 77% das empresas entrevistadas têm dificuldade em encontrar candidatos adequados às suas oportunidades. Com a digitalização de algumas fases, o processo de seleção fica mais ágil e preciso. Essas ferramentas permitem escolher critérios específicos e mitigar os candidatos que avançam no processo, trazendo melhor qualidade e velocidade nas contratações. Para isso, conheça mais sobre o Nexti Talent aqui. Rotinas de RH e Departamento pessoal Gestão de horas trabalhadas e fechamento de folha de pagamento são algumas das tarefas mais repetitivas que o RH possui. Dependendo do número de funcionários, pode ser a que demanda mais tempo da equipe em razão de sua recorrência mensal. Segundo um estudo da McKinsey, mais de 2 mil atividades em mais de 800 cargos no RH são repetitivas, correspondendo a 50% das funções. Dito isto, uma das tecnologias mais eficientes é a gestão de ponto digital, como a da Nexti, que coleta, calcula e gera relatórios sobre a jornada de trabalho dos colaboradores individualmente e em tempo real. Assim, processos repetitivos de apuração e tratamento de ponto se transformam em poucos cliques com a Nexti, e o RH agradece. Conheça como a Nexti pode levar seu RH ao próximo nível! Conclusão Como vimos, a transformação digital do RH é uma realidade e a tendência é que se intensifique nos próximos anos. As demandas também exigem cada vez mais agilidade, principalmente no que refere à burocracia e tarefas mecânicas que podem ser otimizadas com ferramentas, como o Nexti. Ao contrário do senso comum, a digitalização dos processos não torna as empresas mais robóticas e sim mais humanas. Pois libera os colaboradores de tarefas repetitivas que não exigem pensamento crítico, oferecendo ganho de tempo para que os Recursos Humanos pensem em ações para melhorar o bem-estar e o clima organizacional das empresas. Faça o Diagnóstico de Maturidade Digital da sua gestão de pessoas e leve seu RH para o próximo nível!
Como evitar ação trabalhista contra sua empresa
Agir em conformidade com as leis é fundamental para evitar ações trabalhistas em sua empresa, saiba como neste artigo Receber uma ação trabalhista é o medo de qualquer empresa. De acordo com o relatório geral do TST, só no ano de 2023, houve o julgamento de 3.539.091 processos na Justiça do Trabalho, 11,5% a mais que em 2022. A jornada de trabalho é a segunda maior causa dessas ações (18%), seguida de remuneração do trabalhador (17%). Na primeira posição está a rescisão do contrato de trabalho, com 28%. Seja qual for o motivo, é possível perceber que, em sua maioria, o RH é o grande responsável por manter as práticas da empresa em conformidade legal e evitar uma ação trabalhista contra empresa. Processos bem executados e atenção são pontos-chave para ter sucesso neste jornada. Neste artigo iremos explorar um pouco mais estes pontos e dar dicas para que o RH se mantenha dentro das leis evitando uma ação trabalhista. O que é uma ação trabalhista Uma ação trabalhista é quando um colaborador se sente lesado por determinado processo da empresa. Como vimos anteriormente, esta insatisfação pode estar relacionada ao contrato de trabalho, jornada de trabalho, entre outros. Ainda que, algumas vezes, esta ação trabalhista não tenha fundamento legal, uma vez aberta pela colaborador, caberá a empresa se defender e provar perante à justiça que agiu de acordo com a lei. Este processo é oneroso, gastando tempo e dinheiro com a contratação de advogados entre outros gastos. Além disso, a imagem da empresa perante ao mercado de trabalho e aos próprios colaboradores pode ser afetada. Até que se prove sua inocência, as redes sociais são ferramentas infalíveis na disseminação de informações, sem contar sites de compartilhamento de informações profissionais e vagas, onde ocorre a avaliação das empresas de forma anônima. Por este motivo, uma ação trabalhista é uma questão que se deve evitar a todo custo e os Recursos Humanos são agentes decisivos para que ela não aconteça dentro de uma empresa. Quanto tempo demora uma ação trabalhista? A resposta é: depende. Tudo vai depender do tipo de ação e da abordagem do advogado representante do ex-colaborador. Primeiro, quando um colaborador entra com uma ação trabalhista contra a empresa que trabalha atualmente, perante a lei, isso significa que os seus direitos que não estão sendo preservados no contrato de trabalho. Ou seja, é o mesmo que dizer que a empresa não está honrando com o que determina a Lei Trabalhista vigente, conforme preceitua o artigo 483 da CLT. Desta forma, quando ele aciona um advogado, o mesmo contará o juiz para que seja realizada uma rescisão indireta. Rescisão Indireta por ação trabalhista: o que é isso? Uma vez aberta oficialmente a ação trabalhista contra a empresa, o advogado recorrerá ao juiz para a execução da rescisão indireta, garantindo os direitos rescisórios do colaborador até a finalização do processo. Caso o juiz aceite, a rescisão indireta garante judicialmente o direito do colaborador de receber todas as verbas trabalhistas rescisórias (como se tivesse ocorrido a demissão do trabalhador). Sendo elas: saldo salário, aviso prévio, décimo terceiro proporcional, férias vencidas (se houver), férias proporcionais, saque de todo saldo do FGTS e multa de 40% do FGTS e guias para recebimento do seguro desemprego (se tiver os requisitos exigidos pelo Ministério do Trabalho). Desta forma, o colaborador é demitido, recebendo seus direitos rescisórios previstos na lei e é dado início ao processo de arbitragem da ação trabalhista. Após a rescisão indireta, o tempo que leva para a conclusão de uma ação trabalhista varia muito de caso para caso. Primeiro, vai depender da causa apontada pelo colaborador. Segundo, da expertise e desempenho do advogado que ele contratou. Levemos em consideração que existem advogados influentes que por terem bom relacionamento jurídico e experiência em determinadas causas, consegue resolver suas ações de forma mais rápida. Caso o colaborador busque por uma advogado gratuito na procuradoria geral, por exemplo, o processo pode ser mais lento. Quando se trata do sistema judiciário brasileiro, não é possível estabelecer um período de tempo exato para que uma ação trabalhista seja finalizada. Visto que só em 2023, tivemos mais de 3 milhões e meio de processo trabalhistas abertos no Brasil. Fases de uma ação trabalhista no Brasil No Brasil, o processo de ação trabalhista passa por várias fases, desde a tentativa de conciliação até o possível recurso em instâncias superiores. As fases principais são as seguintes: Distribuição da Reclamação Trabalhista: O reclamante (trabalhador) protocola a reclamação trabalhista no fórum competente. A reclamação pode ser feita por escrito ou verbalmente (neste caso, um servidor do tribunal reduz a termo). Notificação do Reclamado: O reclamado (empregador) é notificado sobre a ação trabalhista e a data da audiência inaugural. Audiência Inicial: Na audiência inicial, há uma tentativa de conciliação entre as partes. Se as partes chegarem a um acordo, encerra-se o processo. Se não houver acordo, o reclamado apresenta a defesa (contestação). Réplica e Provas: Após a apresentação da defesa, o reclamante pode replicar, respondendo os argumentos da defesa. As partes apresentam suas provas (documentais, testemunhais, etc.). Audiência de Instrução e Julgamento: Na audiência de instrução, ouvem-se as as testemunhas e ocorre a coleta das provas orais. Após a instrução, o juiz pode proferir a sentença na própria audiência ou reservar-se para fazê-lo posteriormente. Sentença: O juiz analisa as provas e os argumentos apresentados e profere a sentença, decidindo sobre os pedidos feitos pelo reclamante. Recursos: As partes podem interpor recursos caso não concordem com a decisão. Os principais recursos são: Recurso Ordinário: dirigido ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Recurso de Revista: dirigido ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), em casos específicos. Embargos de Declaração: para esclarecer pontos obscuros ou omissos da sentença. Execução: Se a decisão transitar em julgado (não houver mais possibilidade de recurso) e a parte condenada não cumprir a sentença voluntariamente, inicia-se a fase de execução, onde o juiz toma medidas para garantir o cumprimento da decisão, como penhora de bens. Cumprimento da Sentença: A parte condenada cumpre a sentença,